TJBA - DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO - Nº 3.094 - Disponibilização: quarta-feira, 11 de maio de 2022
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o declarante participou da prisão; que a vítima comunicou ao delegado que o acusado estava tentando se encontrar com ela e aí
o delegado pediu para que a equipe se deslocasse para o local do suposto encontro; que, chegando lá, a equipe visualizou um
carro do suposto encontro e, ao fazer a abordagem, o acusado se encontrava no interior do veículo e, ao dar a voz de prisão, o
acusado foi conduzido até a presença da autoridade policial; que, na delegacia, o acusado falava que amava a vítima e que não
queria perdê-la (....).”
IPC JOSÉ MOREIRA DA SILVA FILHO (testemunha da denúncia): “Que o declarante é policial civil, lotado na 22ª DT de Simões
Filho; que o declarante tomou conhecimento do episódio ocorrido na Rua do Aroeira, perto do Ciretran; que um casal havia se desentendido; que o acusado, quando tentava reatar o relacionamento, jogou o carro pra cima da vítima, vindo a matar o cachorro;
que a equipe do declarante esteve lá posteriormente e viu o local; que a garagem foi danificada; que o carro danificou a porta da
garagem; que a vítima ficou lesionada; que a vítima contou diretamente ao delegado que não queria mais nada com o acusado,
tentou sair do relacionamento e que vinha sofrendo ameaças do acusado.”
IPC HENRIQUE ALVES DE ARAÚJO (testemunha da denúncia): “Que o declarante é policial civil, lotado na 22ª DT de Simões
Filho; que o declarante foi acionado pela autoridade policial titular da delegacia de polícia para que realizasse a diligência no
intuito de localizar Josival, que teria marcado se encontrar com sua ex-companheira; que a equipe logrou êxito na localização
do acusado, que se encontrava em uma praça, próximo à casa da senhora que foi vítima de violência; que o declarante tomou
conhecimento do fato de que o acusado tinha utilizado um carro para jogar me cima da moça, que estava segurando um cachorro
(...); que, pelas investigações, foi apurado que o rapaz jogou o carro para cima da senhora Lays; que a vítima foi imprensada
pelo carro contra o portão da residência; que o declarante conversou com o acusado no momento da sua prisão, que o acusado
mostrava-se bastante transtornado quando ele foi contido e demonstrava arrependimento a todo instante dizendo que amava
essa pessoa que ele teria feito essa besteira.”
JOSIVAL SILVA SANTOS (interrogatório do réu): “Que o acusado e Lays terminaram no sábado; que, de sábado para domingo,
o acusado e Lays conversaram a madrugada inteira; que o acusado marcou de se encontrar com a declarante próximo à residência desta, sem que os familiares de Lays pudessem ver os dois juntos; que o acusado e Lays estava procurando uma forma
de continuar a relação sem a família dela saber; que o acusado foi até lá e Lays estava com seu cachorro Thor; que Lays foi
com o acusado, procurar um lugar para se encontrarem, sem que os familiares dela vissem que o acusado estava com ela; que
tem um lugar que o acusado vai, chamado Paripe, que queria levar Lays para lá, para conversar com ela e tentar convencê-la
a não terminar o relacionamento; que, quando chegou na frente do Detrran, o acusado parou o carro para conversar, porque
Lays estava insistindo para não ir para Paripe com o acusado; que Lays tinha dito aos pais dela que ia passear com o cachorro
(...); que Lays, com medo do pai dela dar falta dela, desceu do carro e saiu gritando em direção à casa de seu irmão; que o
acusado colocou o carro na contramão e foi atrás de Lays, para tentar convencê-la a entrar no carro novamente; que, na via da
contramão, vinha um ônibus, que estava indo de frente ao acusado, e se jogou na direção do acusado; que, quando o acusado
tirou, só recebeu a pancada; que o acusado desceu do carro, viu Lays, pegou o próprio celular para ligar para a Samu e, por ter
aparecido algumas pessoas, o acusado saiu do local; que as pessoas queriam agredir o acusado; que o acusado estava pedindo para ligarem para o Samu; que, com medo de ser agredido pelas pessoas presentes no fato, o acusado saiu do local; que o
acusado falou com os próprios parentes para ligarem para o Samu e para irem ver Lays; que o acusado relatou que não seria
capaz de fazer mal a Lays; que, um dia antes, na sexta-feira, o acusado e Lays estavam querendo ver um apartamento; que, no
sábado de manhã, o acusado depositou seiscentos reais para Lays referente a compra de um painel; que, um pouco mais tarde,
Lays falou para o acusado que a mãe dela pediu para que Lays escolhesse entre ela e o acusado; que Lays decidiu terminar;
que o acusado insistentemente pedia para Lays “fazer uma força” para continuar na relação, inclusive pelo cachorro Thor; que o
acusado deu o cachorro Thor para Lays (....); que o acusado não tinha intenção de fazer mal a Lays; que, o que aconteceu, foi
que o ônibus tentou desviar do acusado indo para a mesma direção do acusado; que o acusado ligou para a própria mãe e, de
lá, foi para Salvador, pra casa de uma tia; que a irmã do acusado trabalha no Hospital de Simões Filho e informou ao acusado
que Lays tinha chegado ao Hospital; que o acusado não sabe dizer se a sua mãe chamou a Samu (....); que o acusado, antes de
encontrar com Lays no sábado, não insistiu muito para conversar com ela, pois, inclusive, o acusado já ia se encontrar com outra
pessoa no mesmo sábado, qual seja, a mãe do seu filho; que o acusado ia se encontrar com essa pessoa para a praia, quando
Lays terminou com o acusado (...); que era o acusado quem fazia tudo para o cachorro Thor, como dar banho etc; que o acusado
estava tentando convencer Lays para que ela voltasse com o acusado; que a conversa era amistosa e amigável e não teve desavença; que Lays falava que ela tinha que escolher entre a família dela e ele; que o carro estava parado, na frente do Detran; que
Lays não estava gostando da conversa e saiu do carro sem terminar a conversa, andando; que o acusado entrou na contramão
e ia tentar a convencê-la para que ela voltasse para o acusado (...); que a preocupação do Lays era o tempo e, durante o tempo
que ficou no carro, não conversou direito com o acusado sobre a relação; que o acusado queria ir para um lugar mais tranquilo
para conversar; que, quando entrou na contramão, estava na velocidade de 40 km/h; que o acusado sabia que Lays estava indo
para a casa do irmão dela e o acusado queria alcançar Lays antes que ela chegasse na casa do seu irmão (...); que, depois do
episódio, o acusado tentou ligar para Lays para saber como ela estava, mas ela não atendia; que o acusado pediu para que seus
familiares contatassem Lays, para saber informações a seu respeito; que o acusado não ficou sabendo de mais nada; que o pai
do acusado perguntou sobre medicamentos e a irmã se informou sobre o hospital; que, na terça-feira, Lays mandou mensagem
para o acusado, pedindo uma foto de Thor; que o acusado enviou para Lays uma foto de Thor, do acusado e de Lays; que Lays
queria somente uma foto dela e de Thor juntos; que Lays gostava muito de Thor, como se fosse um filho; que o acusado também
considerava Thor como filho; que Lays mandou mensagem para o acusado “Filho, você matou o nosso filho”; que Lays chamava
o acusado de Junior e de Filho; que os prints de WhatsApp, juntados nos autos, apresentados pelo advogado de defesa, são de
conversas entre o acusado e Lays; que o acusado entrou em contato com Lays através de dois números; que o acusado não
pegava o celular de ninguém emprestado para tentar entrar em contato com Lays; que “Piu” era uma prima do acusado, por
parte de mãe; que o acusado não sabe dizer se tem conversa entre Priscila e Lays (...); que o dinheiro que Lays transferiu para
o acusado seria utilizado pelo acusado para viagem que ele ia fazer com a mãe de seu filho para a praia, mais tarde; que o acusado pediu para Lays devolver o dinheiro; que Lays não pulou do carro do acusado; que Lays tirou Thor quando saiu do carro;
que Lays saiu andando; que Lays só correu quando o acusado, na contramão, fez menção de correr atrás dela; que o acusado